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  • Foto do escritorMarcao do Castelo

Pra que Título?

Atualizado: 21 de jan. de 2022


Antes de mais nada é para que e não pra que!


Por ser o último post do ano do blog e ser após uma classificação inédita para a pré Libertadores em nossa história, não tenho como colocar um título que represente a noite mágica contra o São Paulo.


Pô Marcão, olha ai o título : Noite Mágica!


Magia soa como ludibriar as vezes e prometo não propor definições como faço de costume neste dia.


Ontem, ninguém nos ludibriou!


Queria passar um pouco do que acredito, que tenha acontecido com este grupo de profissionais, que fizeram parte da A de 21 e que alguns nem farão parte de 22.


Citei, enquanto a internet me permitiu participar na Hora do Coelho, o livro do multi-campeão da NBA Phil Jackson, ganhador de 11 anéis representando seus títulos, chamado Onze Anéis.


Recomendo para quem gosta de cases de sucesso e liderança no caso de esporte coletivo e que muito serve para ambientes corporativos.


Logo no início me de deparei com experiências, que não tenho a menor dúvida de que tenha acontecido com este elenco do Coelhão.


Quero compartilhar com vocês e façam suas análises ou " viagens " como gosto de falar, lembrando que o objeto de desejo dos jogadores da NBA é o tal anel de campeão.



" Na NBA, os anéis simbolizam status e poder. Não importa o quão berrante ou pesado seja um anel de campeão, o sonho de ganhá-lo é o que instiga os jogadores a disputar a longa temporada da NBA.

No nível psicológico, o simbolismo do anel é mais profundo: o eu em busca de harmonia, conexão e completude. Na cultura indígena norte-americana, por exemplo, o poder unificador do círculo era de tal modo significativo que nações inteiras eram concebidas como uma sequência de anéis (ou aros) interligados. A tenda era um anel, tal como o eram a fogueira, a aldeia e a representação da nação em si – círculos dentro de círculos, sem começo nem fim. A maioria dos jogadores não era tão familiarizada com a psicologia indígena norte-americana, mas entendiam intuitivamente o significado mais profundo do anel. No início da temporada, os jogadores tinham criado um refrão que passaram a gritar antes de cada jogo, com as mãos juntas e em círculo.


Um, dois, três – ANEL!



Círculo de amor.


Não é assim que a maioria dos torcedores do basquete encara o esporte. Mas depois de mais de quarenta anos envolvido por esse jogo no mais alto nível, tanto como jogador quanto como treinador, não consigo pensar em outra expressão mais significativa para descrever a misteriosa alquimia que une os jogadores em busca do impossível.


Claro que não estamos falando aqui do amor romântico e nem mesmo do amor fraternal no sentido tradicional da cristandade. A melhor analogia que me ocorre a respeito é a intensa conexão emocional entre os grandes guerreiros no calor da batalha.


Alguns anos atrás o jornalista Sebastian Junger se incorporou a um pelotão de soldados norte-americanos baseados em uma das regiões mais perigosas do Afeganistão, a fim de entender o que impulsionava aqueles jovens incrivelmente corajosos a lutar em condições tão adversas. O que ele descobriu, conforme narrado no livro War, é que a coragem necessária para o engajamento na batalha era indistinguível do amor. A irmandade entre os soldados era tamanha que estavam mais preocupados com o destino dos amigos do que consigo próprios. Segundo Junger, um soldado chegou a declarar que seria capaz de se jogar sobre uma granada em defesa de qualquer companheiro, mesmo daquele de quem não gostava tanto assim. E, quando Junger o inquiriu sobre a razão disso, o soldado respondeu: “Porque realmente amo esses meus irmãos. Quer dizer, é uma fraternidade. É gratificante quando se salva a vida de um companheiro e ele sobrevive. Qualquer um deles faria o mesmo por mim.”


Esse tipo de vínculo praticamente impossível de ser reproduzido na vida civil é fundamental para o sucesso, diz Junger, porque sem isso nada mais é possível.


Não quero levar a analogia longe demais. Os jogadores de basquetebol não arriscam diariamente a própria vida, como os soldados no Afeganistão, mas em muitos aspectos aplica-se o mesmo princípio. É preciso uma série de fatores críticos para se conquistar um campeonato da NBA, incluindo uma combinação certa de talento, criatividade, inteligência, tenacidade e, claro, sorte. Mas, se uma equipe não tem o ingrediente essencial – amor –, nenhum dos outros fatores importa.

Na obra inovadora Tribal Leadership, os consultores de gestão Dave Logan, John King e Halee Fischer-Wright apontam as cinco etapas de desenvolvimento tribal, formuladas após a realização de uma extensa pesquisa sobre organizações de pequeno e médio portes. As equipes de basquete não são oficialmente tribais, mas compartilham muitas características iguais e se desenvolvem em muitas das mesmas linhas:


ETAPA 1 – compartilhada pela maioria das gangues de rua e caracterizada pelo desespero, a hostilidade e o sentimento coletivo de que “a vida é uma merda”.


ETAPA 2 – ocupada principalmente por pessoas apáticas que se percebem como vítimas e que são passivamente antagônicas, com a ideia de que “minha vida é uma merda”. Pense na série televisiva The Office ou na tira de quadrinhos Dilbert.


ETAPA 3 – concentrada principalmente na realização individual e impulsionada pelo lema “eu sou o máximo (e você não é)”. Segundo os autores, as pessoas organizadas nesta etapa “têm que vencer, e assim a vitória é uma questão pessoal. Trabalham mais e avaliam os concorrentes em base individual, clima que resulta em um conjunto de ‘guerreiros solitários’”.


ETAPA 4 – dedicada ao orgulho tribal e à convicção primordial de que “nós somos o máximo (e vocês não são)”. Este tipo de equipe requer um adversário forte, e quanto maior o é mais poderosa é a tribo.


ETAPA 5 – além de rara, se caracteriza pelo sentido inocente de divagação e pela forte convicção de que “a vida é o máximo”. (Ver Bulls, Chicago, 1995-98.)


Se todas as coisas são iguais, afirmam Logan e seus colegas, a cultura da etapa 5 supera a da etapa 4, que, por sua vez, supera a da 3, e assim por diante. Afora isso, as regras mudam quando nos deslocamos de uma cultura para outra. Por isso, os proclamados princípios universais que aparecem na maioria dos livros de liderança raramente se sustentam. Caso se queira mudar a cultura de uma etapa para outra, é necessário encontrar as alavancas apropriadas para essa fase especial no desenvolvimento do grupo "


Captaram a mensagem do Phil Jackson?


Seria uma " viagem " minha esse diagnóstico do simbolismo do anel ou a criação de um vínculo entre os jogadores deste elenco para o atingimento de algo impossível, como reproduzi acima do livro?


Pode até ser, mas vi nesse grupo lideranças compartilhadas, que se posicionaram e se desenvolveram em vários momentos, fato este que não via no tempo do Lisca, o ex doido.


Detalhe é que o plantel era basicamente o mesmo do tempo do ex doido.


O que aconteceu então ?


O vínculo entre esses caras foi criado e por vários motivos, sendo que até a presença do Ruschel e sua história recente de vida pode ter ajudado.


Tinha que ser por isso, pois futebol o Ruschel não agregou!


Faz parte.


E ai tenho que enaltecer o papel do Salum, que por mais que o questionei em vários momentos, sem ele este resultado não apareceria.


No caso da gestão e líderes no América, somos " reféns " dele mesmo.


Mas vi evolução na sua condução junto aos jogadores, bem como no seu discurso de " PENSAR GRANDE "


É um salto enorme, ao meu ver, para quem quer mudar de patamar e que já começou a dar desde ano passado na Copa do Brasil.


Leiam o livro e vocês terão " viagens " ainda maiores, chegando ao ponto de identificar jogadores específicos de nosso elenco aos elencos de Lakers e Bulls.


Não poderia deixar de ressaltar o vínculo criado entre nossa torcida.


Uma nova geração chega e um novo modo de torcer surge.


Os " rolas cansadas " estão menos cansados e os " corneteiros " do " vamo sentá " ou " abaixa a bandeira ", perdem seu poder.


Estou muito confiante e muito, pela produção independente de nossa torcida e que parabenizo mais uma vez pelo amor ao nosso clube.


PALMAS!!!!


A todas organizadas, obrigado por quebrar meus paradigmas arcaicos e valoriza-los ainda mais.


Aos sócios Onda Verde, grato pela difícil contribuição em jogos sem público.


Torcedores paperview e consumidores de produtos licenciados, idem.


Defensores do nosso clube, meu muito obrigado!


E meu muitissiiiiiiiiiiiissiiiiiiiiimoooooooo obrigado a você torcedor, que leu meus posts no Blog, concordando ou não e os que me acompanham na Hora do Coelho.


Ganhei amigos e irmãos, que na grande maioria não os conheço pessoalmente, mas são fontes de energia para a criação de conteúdo.


Tive encontros gratificantes e emocionantes ontem e que me deixaram emocionado.


O responsável por tudo isso, foi o AMÉRICA!


Agora sou eu que te agradeço, por ter me feito tão feliz em 21!


2022 é o ANO!


2023 outro......


2024 mais 1 ANO....


Ninguém mais, nos segura!


VAMO COELHO, JOGAR LIBERTADORES, VAMO VAMO COELHO, JOGAR LIBERTADORES......



Abraços a todos e se cuidem!



Fotos: naçãotricolor.com.br/playmakerbrasil.com





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